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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Atualmente, a internet tornou-se um mecanismo indispensável de comunicação para a população. São muitos os que utilizam esse meio para suas relações interpessoais, o sentimento de que na rede virtual, existe centenas de “amigos”, limita as pessoas ao isolamento frente a uma tela do computador, as chances de se tornar alguém, literalmente, socializado são mínimas.
       Longe se vai o tempo em que as pessoas se reuniam em família para jantar, tomar um bom vinho, falar “abobrinhas” ou jogar conversa fora. Reunir até é possível, mas a ânsia de se estar conectado é tamanha que cada um fecha-se no seu mundinho internauta, visualizando apenas o que está ali na telinha.
        Por vezes, fico observando a agilidade e rapidez com que seus dedos percorrem aquele teclado tão minúsculo; e pensar que tivemos que freqüentar escola para podermos utilizar as, não menos famosas, máquinas manuais de datilografia. Em meio à revolução tecnológica, vieram as máquinas elétricas, o telex, o fax... coisas que ficaram no esquecimento.
       Em plena era da informática constatamos o aparecimento de mais uma categoria a dos “desconectados”, aqueles que vivem à margem do mundo virtual; mas, o que são os “conectados”? Pessoas que em sua maioria costumam ter grande dificuldade de convivência com quem está ao seu redor, pois seus anseios por conexões a longa distância são tamanhos que tendem a romper com os laços primordiais de afeto e carinho.
       Vivemos numa época em que a multidão se contrapõe a solidão; no corre-corre do dia a dia, as pessoas se atropelam, disputam lugares em filas no banco, no supermercado, na padaria, moram em edifícios com dezenas de apartamentos, centenas de pessoas – e não conhecem seus vizinhos de andar; é como se não existissem, ninguém se importa com ninguém, é cada um por si, numa sociedade individualista e egoísta.  O tempo passa a ser o grande vilão “não tenho tempo”, é um bordão corriqueiro, são tantos compromissos, tantas exigências, tanto stress, que apesar de cercado de gente por todos os lados, não é raro, as pessoas se sentirem sós e deprimidas.  É chegada a hora de entendermos que somos parte do todo e que somos interdependentes, então  vamos  dar as mãos, sair do casulo, olhar para o próximo com carinho e compreensão,  e  acreditarmos em dias melhores.


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